sábado, 29 de novembro de 2014

Café, em São Paulo e o Movimento Migratório

                                                Café em São Paulo 

     O grande desempenho que o café conseguiu em São Paulo, já durante o período do Século XX, fez que o Estado se torna-se o mais rico do Brasil.  Essa riqueza  levou também o Estado a exportar políticos para a presidência do Brasil.

      Na política o Estado de São Paulo e Minas Gerais, os maiores produtores de Café até controlarão o período chamado de República Velha, com a sua Política do Café com Leite. 

     A logística de São Paulo estava bem estabelecida o café era secado em terreiros, e estocados na "Tulhas", grandes depósitos de madeiras, no interior do Estado,  depois era levador as estações  de trem por atravessadores (comerciantes que compravam café dos agricultores) e entregues em sacas  para o despacho ao Porto de Santos e exportado para o mundo





Café, em São Paulo e Movimento Migratório 

O movimento migratório visava substituir gradualmente o braço escravo na agricultura. As velhas oligarquias rurais, acostumadas ao regime da escravidão, não souberam se adaptar aos novos tempos. Daí o insucesso do sistema de parceria na sua quase totalidade.
Com a abolição da escravatura em 1888, sem a mão-de-obra barata, era inevitável a crise na agricultura, bem como em outros setores da economia.
Enquanto a aristocracia rural mais progressista buscava novas formas de organização da economia no campo, as terras começaram a perder valor. Foi a oportunidade que os colonos   tiveram de se tornar proprietários. Com a poupança que conseguiram acumular e com algum apoio financeiro começaram a comprar sítios e fazendas na região de Itu,  Jundiaí e Campinas.
Os tempos eram favoráveis. Por todo o oeste do Estado de São Paulo, o café, muito bem cotado no mercado internacional, passa a dominar a paisagem agrícola paulista, dando início à afirmação da hegemonia do Estado perante as outras unidades da Federação.
Também  a cultura do café era largamente dominante. Plantava-se também milho, feijão, arroz e outros produtos, mas apenas para a subsistência. Também, só para o consumo interno e para os trabalhos na terra, criavam-se aves e animais.
Além dos fatores favoráveis da conjuntura econômica da região, parece que uma das razões fundamentais reside no fato de que a unidade produtiva principal era a família. Geralmente muito numerosas, todos os seus membros, crianças, jovens, adultos e velhos, trabalhavam. Não havia, salvo raríssimas exceções, empregados assalariados. Havia, sim, uma certa divisão do trabalho, mas não era rígida. As mulheres e crianças cuidavam da casa, da horta e dos animais. Os homens, das plantações. Mas não era raro verem-se mulheres e crianças ajudando na carpa e colheita dos produtos cultivados. Sinal evidente do progresso, que ainda hoje podemos visualizar na paisagem de foram às construções das casas, que pela primeira vez no Brasil passaram a ser uma moradia condigna para os imigrantes. A maioria delas foi construída entre 1900 e 1910. Nas duas décadas seguintes outras se juntaram a elas, com igual, ou melhor, qualidade. Construções sólidas e bonitas, ainda hoje reconhecidas como tais. A Igreja, no estilo e na estrutura, reproduz as linhas arquitetônicas da sua similar em Giswil. om as exigências impostas pelo clima tropical.
No período que vai de 1900 a 1930, solidamente fundada na cultura do café, a região  consolida sua economia e seu progresso. Ao seu redor, muitas outras fazendas e sítios são adquiridos pelos descendentes dos pioneiros de Elas invadem os bairros e municípios de Indaiatuba, Monte-Mor, Campinas, Valinhos, Vinhedo e Jundiaí.
Mas as fronteiras agrícolas, aos poucos, foram se esgotando. Não havia mais terras à venda ou a preços compensadores. Algumas famílias migraram, então, para regiões mais distantes, principalmente para o Noroeste do Estado.
A produção de café na região foi a responsável direta pela construção da primeira ferrovia paulista – The São Paulo Railway Company – que ligava Jundiaí ao porto de Santos, entre 1856 e 1860. Em 1882 chegaram os primeiros imigrantes Italianos na fazenda. Motivados pelo clima da região, trouxeram consigo a cultura das vinhas.
créditos: www.hevetia.com.br
@professor

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